terça-feira, 27 de outubro de 2009

CONGRESSO DE CIDADANIA DIGITAL

RECENTEMENTE PARTICIPE DO CONGRESSO DE CIDADANIA DIGITAL QUE NOS RENDEU ALGUMAS NOVIDADES, BEM COMO ALGUMAS REFLEXÕES...


                      MEU RIC                                CONGRESSO                         CERTIFICADO


Sobre o RIC
            O Registro de Identidade Civil - RIC é um projeto que instituiu um número singular de identificação do cidadão, baseado na coleta de dados biométricos - impressões digitais. O RIC foi instituído pela Lei 9454/1997 - de autoria do senador Pedro Simon (PMDB-RS). A lei foi sancionada em 07 de abril de 1997, tendo sido aprovada pelo Senado federal em 1996 e pela Câmara dos Deputados em 1997. O RIC foi concebido para integrar os bancos de dados de diversos órgãos dos sistemas de identificação do Brasil.



TSE substituirá título de eleitor pelo Registro de Identidade Civil
:: Luiz Queiroz
:: Convergência Digital :: 02/10/2009
O Secretário de Tecnologia da Informação do Tribunal Superior Eleitoral, Giuseppe Dutra Janino, anunciou algumas novidades de curto e médio prazo para os eleitores brasileiros, durante palestra proferida no Congresso de Cidadania Digital realizada nesta quinta-feira (01/10) em Brasília.
A primeira é que nas eleições gerais do próximo ano, dois milhões de eleitores votarão por meio de urnas biométricas. Já a segunda, mais ousada, será o fim do título de eleitor, que num futuro bem próximo, será substiuído pelo novo Registro de Identidade Civil (RIC).
Assista na CDTV do Portal Convergência Digital, a palestra do Diretor de TI Giuseppe Janino, proferida no Congresso de Cidadania Digital, sobre a estratégia do TSE para a migração das urnas biométricas e o fim do título de eleitor:  
http://www.convergenciadigital.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=20519&sid=11


            A nova carteira de identificação, apresentada pelo Ministério da Justiça (MJ) e pela Polícia Federal (PF), ainda depende da aprovação de um decreto para entrar em vigor a partir de 2009.
            Segundo a PF, o novo documento tem modernos itens de segurança, como fundos complexos, tintas e efeitos ópticos especiais, além de chip que armazenará dados dos cidadãos.
            Assim que for implementado o RIC, a previsão é de que os 4.375 postos de identificação sejam equipados. Isso vai permitir o cadastro de 20 mil pessoas por dia.
            A partir do terceiro ano do projeto, 80 mil pessoas poderão ser cadastradas a cada dia, com meta de 20 milhões por ano. Ao longo de nove anos serão cadastradas 150 milhões de pessoas.
           O foco do RIC é o chip onde serão armazenadas diferentes informações de cada cidadão. Além do próprio RG, podem ser integrados CPF, título de eleitor, PIS/Pasep, carteiras de motorista e de trabalho, etc, bem como tipo sanguíneo e características físicas, como deficiências. Os planos prevêem prazo de seis a nove anos para implantação da nova identidade em todo o país.

            A minuta do decreto que vai regulamentar o RIC já existe e está na Casa Civil da Presidência da República. A expectativa ventilada no Congresso de Cidadania Digital é de que seja editado ainda em outubro. A partir de então deve ser estruturado o comitê gestor do RIC para, em seguida, serem aprovadas as especificações técnicas a serem seguidas pelos institutos de identificação dos estados.



            QUESTÕES REFLEXIVAS ACERCA DO RIC 


 

  • O RIC não será um 'Big Brother'?
  • É fator preponderante de Segurança Pública?
  • Terá papel fundamental no combate à criminalidade?
  • O Brasil precisa internamente melhorar sua infraestrutura de identificação do cidadão?
  •  O cidadão que não tiver o Registro de Identificação Civil se tornará, em breve, um "subbcidadão" no mundo eletrônico para efeitos legais de Brasil?

sábado, 10 de outubro de 2009

RESULTADO DA ENQUETE Nº. 02


STJ reitera que motorista é obrigado a fazer teste do bafômetro em blitz.

Para você a Lei:

É inconstitucional, pois obriga alguém a produzir prova contra si mesmo.                       9 (34%)

Fere a liberdade de locomoção.                                                                                                    1 (3%)

Pode ser afastada para beneficiar com salvo-conduto um determinado cidadão.               0 (0%)

Não pode ser afastada para beneficiar com salvo-conduto um determinado cidadão.    16 (61%)


STJ reitera que motorista é obrigado a fazer teste do bafômetro em blitz

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou novamente, confirmando entendimento já expresso outras vezes, pedido de habeas corpus ajuizado por motorista que contestava a obrigatoriedade do teste do bafômetro em caso de abordagem policial. O argumento do condutor era, mais uma vez, o de que a Lei Seca é inconstitucional por obrigar alguém a produzir prova contra si mesmo. A recusa em se fazer o teste do bafômetro ou exame de sangue evitaria a aplicação das penalidades administrativas de suspensão do direito de dirigir e de apreensão do veículo.

           Os ministros da Terceira Seção do STJ entenderam que nesse tipo de habeas corpus a liberdade de locomoção não estava em risco. A relatora do caso, ministra Laurita Vaz, destacou que a recusa em se submeter a esses testes implica apenas sanções no âmbito administrativo e que há outros meios de prova admitidos para constatação de embriaguez.

           Ainda será julgada no Supremo Tribunal Federal (STF)  uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) contra a Lei Seca. Neste período que antecede a análise do caso pelo plenário, o STF também tem decidido que a lei, por estar em vigor, não pode ser afastada para beneficiar com salvo-conduto um determinado cidadão.

29/09/2009 08:21 - Fonte: Agência Brasil ®  

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

HOMENAGEM AO DEPUTADO CONSTITUINTE (CONSTITUIÇÃO CIDADÃ DE 1988), HOJE SENADOR OSVALDO SOBRINHO.

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HOMENAGEM AO DEPUTADO CONSTITUINTE (CONSTITUIÇÃO CIDADÃ DE 1988), HOJE SENADOR OSVALDO SOBRINHO.
  
                  Render honras ao amigo Osvaldo Sobrinho é antes de tudo  redesenhar o átimo intelectual que nos envolveu em terras argentinas, ocasião das inúmeras discussões constitucionais do Programa Internacional de Derecho Constitucional da Universidad Austral.
                   É esculpir para sempre semblante de leveza franciscana com um misto de cálice honesto e espírito de guerreiro do saber. Jamais poderia imaginar que estava diante do educador, do filósofo, do político, do jurista... O que a forma aparenta, muitas vezes é o anverso do conteúdo sublime.

O respeitei amigo, mas não porque deveria de pronto.
O respeitei porque na leitura de sua alma percebi que
a sua luta,
seu ideal,
sua honradez
                    transcendiam o mister político que ora ocupa.

                    O respeitei porque sei que

O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
                   O respeitei porque li nas páginas de sua história que a sua luta é contra o analfabetismo político, aquele burro e orgulhoso como na oração de Brecht.

O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.
- O Analfabeto Político de Bertolt Brecht.
(10 de Fevereiro de 1898 – 14 de Agosto de 1956) foi um influente dramaturgo, poeta e encenador alemão do século XX.

BREVE HISTÓRIA
  
             Osvaldo Sobrinho já exerceu, em três ocasiões, o cargo de deputado estadual. Foi eleito por duas vezes para deputado federal, auxiliando na elaboração da Constituição de 1988.
             Foi secretário de Educação nos Governos Garcia Neto e Jayme Campos. Foi vice-governador na gestão deste último. É graduado em Economia, Ciências Sociais e Direito, mestre em Direito, professor de Direito Constitucional e Doutorando em Direito pela UCSF.

NOVA MISSÃO NO SENADO

Osvaldo Sobrinho aponta problemas do DPVAT

 
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                 O senador Oswaldo Sobrinho (PTB-MT) destacou, em discurso proferido nesta quinta-feira (24) em Plenário, os principais pontos tratados na audiência pública realizada pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) sobre as novas regras e os problemas do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT). Segundo ele, a maior falha detectada está em que o cidadão que pagou esse seguro obrigatório não está recebendo o devido atendimento médico, em caso de acidente, por displicência das seguradoras.
Sobrinho contou que a reunião tratou de dois aspectos fundamentais sobre o seguro: o fato de o DPVAT ter um caráter eminentemente social e a questão do elevado montante de recursos que esse seguro movimenta. Ele citou dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), de 2008, que mostram que foi autorizado o pagamento de mais de R$ 1,6 bilhão em indenizações.
- Isso é uma montanha de dinheiro - dimensionou o senador.
Para ele, depois de ouvir os representantes das 70 empresas consorciadas que formam a Seguradora Líder do DPVAT e os representantes da área de saúde, pública e privada, ficou claro que o que está havendo é uma "verdadeira e insustentável indústria da intermediação". E as distorções, acrescentou, realmente parecem privilegiar o grupo de seguradoras.
- As seguradoras, que são bons capitalistas, e o governo, que é um bom cobrador, estão, nessa situação, um dando cobertura ao outro, e o povo, lastimavelmente, recebendo o mau atendimento nos hospitais, nos prontos-socorros, em todas aquelas instâncias que procuram quando buscam salvar suas vidas - lamentou o senador.
Da Redação / Agência Senado
REMINISCÊNCIAS ARGENTINAS

Juiz Dr. William Fabian/ GO, Senador Osvaldo Sobrinho/ MT, Juiz Dr. Antônio Horácio/MT , Des. Dr. Guiomar Teodoro  /MT  e   Dr. Jean Jardim/DF

REFLEXÃO
O Dilema do Conhecimento

                   Como todos sabemos, aprender pouco é algo perigoso. Mas o excesso de aprendizado altamente especializado também é uma coisa perigosa, e por vezes pode ser ainda mais perigoso do que aprender só um pouco. Um dos principais problemas da educação superior agora é conciliar as exigências da muita aprendizagem, que é essencialmente uma aprendizagem especializada, com as exigências da pouca aprendizagem, que é a abordagem mais ampla, mas menos profunda, dos problemas humanos em geral.
                   (...) O que precisamos fazer é arranjar casamentos, ou melhor, trazer de volta ao seu estado original de casados os diversos departamentos do conhecimento e das emoções, que foram arbitrariamente separados e levados a viver em isolamento nas suas celas monásticas. Podemos parodiar a Bíblia e dizer: "Que o homem não separe o que a natureza juntou"; não permitamos que a arbitrária divisão académica em disciplinas rompa a teia densa da realidade, transformando-a em absurdo.
                   Mas aqui deparamo-nos com um problema muito grave: qualquer forma de conhecimento superior exige especialização. Precisamos de nos especializar para entrar mais profundamente em certos aspectos separados da realidade. Mas se a especialização é absolutamente necessária, pode ser absolutamente fatal, se levada longe demais.
                  Por isso, precisamos de descobrir algum meio de tirar o maior proveito de ambos os mundos - aquele mundo altamente especializado da observação objectiva e da abstração intelectual, e aquele que podemos chamar o mundo casado da experiência imediata, no qual nada pode ser apartado. Somos as duas coisas, intelecto e paixão, as nossas mentes têm conhecimento objetivo do mundo exterior e da experiência subjetiva.                   
                  Descobrir métodos para unir esses mundos separados, mostrar a relação entre eles, é, penso eu, a mais importante tarefa da educação moderna.

                  Gostaria de citar uma frase muito bela, de uma carta escrita por T. H. Huxley a Charles Kingsley, por ocasião da morte do filho pequeno de Huxley, de quatro anos de idade. Kingsley escrevera-lhe uma carta de condolências, e o meu avô respondeu escrevendo extensamente sobre todo o problema da imortalidade e da posição do cientista no mundo moderno. Ele disse: "Parece-me que a ciência ensina da maneira mais elevada e firme a grande verdade, personificada na concepção cristã de uma submissão absoluta à vontade de Deus.
                  Sentarmo-nos diante do destino como uma criança pequena, e estarmos preparados para renunciar a qualquer noção preconcebida, seguindo humildemente para sejam quais forem os abismos aos quais a natureza nos guia, ou não aprenderemos coisa alguma".
- Aldous Huxley, in 'A Situação Humana'