HOMENAGEM AO DEPUTADO CONSTITUINTE (CONSTITUIÇÃO
CIDADÃ DE 1988), HOJE SENADOR OSVALDO SOBRINHO.
Render honras ao
amigo Osvaldo Sobrinho é antes de tudo redesenhar o átimo intelectual que
nos envolveu em terras argentinas, ocasião das inúmeras discussões
constitucionais do Programa Internacional de Derecho Constitucional da
Universidad Austral.
É esculpir para sempre semblante de leveza franciscana com um misto de
cálice honesto e espírito de guerreiro do saber. Jamais poderia imaginar que
estava diante do educador, do filósofo, do político, do jurista... O que a
forma aparenta, muitas vezes é o anverso do conteúdo sublime.
O respeitei
amigo, mas não porque deveria de pronto.
O respeitei
porque na leitura de sua alma percebi que
a sua luta,
seu ideal,
sua honradez
transcendiam o mister político que ora ocupa.
O respeitei porque sei que
O pior analfabeto é o
analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos
políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da
farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O respeitei porque li nas páginas de sua história que a sua luta é contra o
analfabetismo político, aquele burro e orgulhoso como na oração de Brecht.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.
- O
Analfabeto Político de Bertolt Brecht.
(10 de Fevereiro de 1898 – 14 de Agosto de 1956) foi um
influente dramaturgo, poeta e encenador alemão do século XX.
BREVE HISTÓRIA
Osvaldo Sobrinho já exerceu, em três ocasiões, o cargo de deputado
estadual. Foi eleito por duas vezes para deputado federal, auxiliando na
elaboração da Constituição de 1988.
Foi secretário de Educação nos Governos Garcia Neto e Jayme Campos. Foi
vice-governador na gestão deste último. É graduado em Economia, Ciências
Sociais e Direito, mestre em Direito, professor de Direito Constitucional e
Doutorando em Direito pela UCSF.
NOVA MISSÃO NO SENADO
Osvaldo Sobrinho
aponta problemas do DPVAT
O senador Oswaldo Sobrinho (PTB-MT) destacou, em discurso proferido nesta
quinta-feira (24) em Plenário, os principais pontos tratados na
audiência pública realizada pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) sobre as
novas regras e os problemas do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados
por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT). Segundo ele, a maior falha
detectada está em que o cidadão que pagou esse seguro obrigatório não está
recebendo o devido atendimento médico, em caso de acidente, por displicência
das seguradoras.
Sobrinho contou que
a reunião tratou de dois aspectos fundamentais sobre o seguro: o fato de o
DPVAT ter um caráter eminentemente social e a questão do elevado montante de
recursos que esse seguro movimenta. Ele citou dados da Superintendência de Seguros
Privados (Susep), de 2008, que mostram que foi autorizado o pagamento de mais
de R$ 1,6 bilhão em indenizações.
- Isso é uma
montanha de dinheiro - dimensionou o senador.
Para ele, depois de
ouvir os representantes das 70 empresas consorciadas que formam a Seguradora
Líder do DPVAT e os representantes da área de saúde, pública e privada, ficou
claro que o que está havendo é uma "verdadeira e insustentável indústria
da intermediação". E as distorções, acrescentou, realmente parecem
privilegiar o grupo de seguradoras.
- As seguradoras,
que são bons capitalistas, e o governo, que é um bom cobrador, estão, nessa
situação, um dando cobertura ao outro, e o povo, lastimavelmente, recebendo o
mau atendimento nos hospitais, nos prontos-socorros, em todas aquelas instâncias
que procuram quando buscam salvar suas vidas - lamentou o senador.
Da Redação / Agência Senado
REMINISCÊNCIAS ARGENTINAS
Juiz Dr. William Fabian/ GO, Senador
Osvaldo Sobrinho/ MT, Juiz Dr. Antônio Horácio/MT , Des. Dr. Guiomar Teodoro /MT
e Dr. Jean Jardim/DF
REFLEXÃO
O
Dilema do Conhecimento
Como
todos sabemos, aprender pouco é algo perigoso. Mas o excesso de aprendizado
altamente especializado também é uma coisa perigosa, e por vezes pode ser ainda
mais perigoso do que aprender só um pouco. Um dos principais problemas da
educação superior agora é conciliar as exigências da muita aprendizagem, que é
essencialmente uma aprendizagem especializada, com as exigências da pouca
aprendizagem, que é a abordagem mais ampla, mas menos profunda, dos problemas humanos
em geral.
(...) O que precisamos fazer é arranjar casamentos, ou melhor, trazer de volta ao seu estado original de casados os diversos departamentos do conhecimento e das emoções, que foram arbitrariamente separados e levados a viver em isolamento nas suas celas monásticas. Podemos parodiar a Bíblia e dizer: "Que o homem não separe o que a natureza juntou"; não permitamos que a arbitrária divisão académica em disciplinas rompa a teia densa da realidade, transformando-a em absurdo.
(...) O que precisamos fazer é arranjar casamentos, ou melhor, trazer de volta ao seu estado original de casados os diversos departamentos do conhecimento e das emoções, que foram arbitrariamente separados e levados a viver em isolamento nas suas celas monásticas. Podemos parodiar a Bíblia e dizer: "Que o homem não separe o que a natureza juntou"; não permitamos que a arbitrária divisão académica em disciplinas rompa a teia densa da realidade, transformando-a em absurdo.
Mas aqui deparamo-nos com um
problema muito grave: qualquer forma de conhecimento superior exige
especialização. Precisamos de nos especializar para entrar mais profundamente
em certos aspectos separados da realidade. Mas se a especialização é
absolutamente necessária, pode ser absolutamente fatal, se levada longe demais.
Por isso, precisamos de
descobrir algum meio de tirar o maior proveito de ambos os mundos - aquele
mundo altamente especializado da observação objectiva e da abstração
intelectual, e aquele que podemos chamar o mundo casado da experiência
imediata, no qual nada pode ser apartado. Somos as duas coisas, intelecto e
paixão, as nossas mentes têm conhecimento objetivo do mundo exterior e da
experiência subjetiva.
Descobrir métodos para unir
esses mundos separados, mostrar a relação entre eles, é, penso eu, a mais
importante tarefa da educação moderna.
Gostaria de citar uma frase muito bela, de uma carta escrita por T. H. Huxley a Charles Kingsley, por ocasião da morte do filho pequeno de Huxley, de quatro anos de idade. Kingsley escrevera-lhe uma carta de condolências, e o meu avô respondeu escrevendo extensamente sobre todo o problema da imortalidade e da posição do cientista no mundo moderno. Ele disse: "Parece-me que a ciência ensina da maneira mais elevada e firme a grande verdade, personificada na concepção cristã de uma submissão absoluta à vontade de Deus.
Sentarmo-nos diante do
destino como uma criança pequena, e estarmos preparados para renunciar a
qualquer noção preconcebida, seguindo humildemente para sejam quais forem os
abismos aos quais a natureza nos guia, ou não aprenderemos coisa alguma".
- Aldous Huxley, in 'A Situação Humana'
Um comentário:
A especialização é própria do conhecimento científico. De qualquer modo, podemos optar por conhecimentos mais abertos, a saber: o filosófico e o teológico.
Ao meu sentir, o risco que haverá em desenvolver o conhecimento será a frustração pelas mazelas que deturpam o poder e as ciências.
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